Voltando e despachando livros!

Oi, gente.

Prometo que vou tentar, semana que vem, postar sobre a experiência dos lançamentos e dos shows do Fernando Ribeiro e dos Moonspell no Brasil. Tá difícil processar as emoções todas que vivi nessa semana. Melhores férias da minha vida. Mesmo tendo trabalhado pra caralho.

Mas chegando em casa, fomos fazer um pequeno levantamento de estoque e descobrimos que meus coelhos estão sumindo!

Sim, isso mesmo.

Recebemos um pedido grande de ‘Anacrônicas – contos mágicos e trágicos’ na volta da turnê de lançamento de Purgatorial e descobrimos algo que me fez ficar (ainda) mais feliz.  A tiragem inicial foi de 1.000 exemplares. Nesse levantamento que fizemos aqui vimos que, entre vendidos e distribuídos, já se foram mais de 650!

Então, tudo dando muito certo – estou otimista e quero comprar uma passagem pra Europa ano que vem, lembrem disso – até o fim do ano essa tiragem esgota.

Quem quiser autografado, na minha mão, por R$26,50 (frete incluso) e biscoito, só falar no inbox.

Não me responsabilizo pelo estado do biscoito ao chegar na sua residência… ou dos coelhos, por falar nisso.

deuseosdados

“O enterro da última quimera” – ebook com conto inédito passado no universo do Atlas.

Muita gente tem estado curiosa sobre o “Atlas”, meu romance-em-processo-de-escrita, que já passou da metade e fala sobre um deserto e os loucos seres que precisam cruzá-lo (contém um cavalo sem nome).

Na aba de Projetos aqui do blog, vocês podem encontrar uma lista dos contos que se passam nesse universo. O mais recente é “O enterro da última quimera”, que fala sobre o que acontece depois da batalha final.

Íbis - que não aparece nesse conto - na visão do Estevão Ribeiro.
Íbis – que não aparece nesse conto – na visão do Estevão Ribeiro.

Coloquei na Amazon esse conto bem curto para aproveitar o concurso #Brasilemprosa, apesar de não levar fé numa possível vitória. Porém, o resultado tem sido bem interessante, inclusive para ver como realmente funcionam os rankings de mais vendidos da Amazon.

Oras, o que mais tinha na minha timeline era autor (e editora micro) comemorando “Meu conto é o primeiro lugar de Terror”, “Meu livro é o 3o mais vendido na categoria de Ficção sobre Baratas” e coisas do tipo. Autores (e editoras) com pouquissimo alcance, com poucos comentários e reviews no site… Será que mesmo assim eles vendiam?

Não.

O ranking é construído em cima de um algoritmo um pouco mais complexo, que leva em conta o tempo de publicação e a quanto tempo o exemplar foi vendido. Ou seja, um livro vendido na última hora pode elevar o seu livro para uma posição a frente de outro, com meses de publicação e o triplo de vendas. E quanto menor e menos conhecida a categoria, menos disputada e mais fácil subir. Ou seja, tinha gente falando que era o mais vendido no ranking, mas na verdade era só o exemplar que ele mesmo comprou.

(Isso, claro, me deu a ideia de DIVULGAR não a posição no ranking, mas quantos livros vendi. Em menos de um mês, vendi 34 livros e me mantive sempre entre os 10 primeiros, geralmente entre os 3 primeiros da categoria de Fantasia Urbana. Uau. Dinheiro. Mulheres. Iates. Mulheres. Automóvel. Mulheres. Banquetes. Mulheres.)

Para recompensar o povo que curtiu e tem elogiado, prometi que quanto chegar aos 50 ebooks vendidos, vou lançar um com as histórias do Ladrão-de-Sonhos que vai ficar gratuito nos primeiros dias e sempre que for possível – a Amazon limita os dias de gratuidade das obras.

Onde encontrar ‘Anacrônicas – Contos Mágicos e Trágicos’?

Então…

Ando muito, muito atolada de serviço e este blog acabou ficando meio de lado. É difícil se manter fiel ao bom e velho blog e não cair no canto da sereia da praticidade e da instantaneidade das redes sociais. Dá a impressão de que blogs perderam espaço, pouco se comenta ou acompanha nessas plataformas.

É sempre uma questão de tempo!
É sempre uma questão de tempo!

Mas blogs são muito mais permanentes, as informações muito mais fáceis de encontrar e tem uma universalidade que as redes não tem. Afinal, você não precisa se logar, criar mais uma conta e coisa do tipo para ver um post em um blog.

Vou tentar colocar mais informações aqui, principalmente sobre minhas leituras e trabalhos.

Vamos começar com a pergunta da semana: “Ana, onde posso comprar seu livro?”

– Diretanacronicas2o comigo, via depósito bancário no Banco do Brasil, autografado e com amor. Mande email para anacrisrodrigues@gmail.com

– Direto na Aqualoja, a loja da Aquário, nossa editora. Lá, aceita cartão e outras facilidades.

– Nas lojas da Blooks, no Rio e em São Paulo!

– Na loja física da Arte & Letra, superparceira da Aquário.

-Na Nerdz, a loja da Jambô.

– Na Baratos da Ribeiro, em Botafogo

E online, nas grandes redes

Saraiva 

Cultura

Travessa

Livraria da Folha

Martins Fontes

Comix

Livros, livros, livros! Conheçam Anacrônicas – contos mágicos e trágicos

Dia mundial dos livros!

(Segundo diversos posts nas redes sociais! Se não for, tudo bem, aqui em casa todo dia é dia de livro!)

Cinco anos se passaram, muitos contos foram publicados e finalmente resolvei juntar meus continhos novos (além de antigos favoritos) em um novo volume de Anacrônicas. Ao contrário do primeiro, esse vem apenas com contos de fantasia. Mas também tem uma ilustração por conto, feitas – assim como a capa – pelo meu marido e editor (sim, a Aquário é nossa!) Estevão Ribeiro.

Você pode comprar direto comigo – e levar autografado – ou esperar um pouco, pois o livro chega nas livrarias em maio.

anacronicas2

A lista de contos escolhidos:

O mapa para a Terra das Fadas

Anacrônicas, 2009

Campeonato de beijar sapos

Crônicas da Fantasia, 2012

Deus embaralha, o Destino corta

Anacrônicas, 2009

Queda e paz

A Casa do Escudo Azul

Anacrônicas, 2009

A morte do Temerário

Espelhos Irreais, 2009

Lenda do Deserto

Anacrônicas, 2009

Mudanças

A princesa de toda a dor

Anacrônicas, 2009

A vila na areia

Como nos tornamos fogo

Anacrônicas, 2009

Viagem à terra das ilusões perdidas

Anacrônicas, 2009

Maria e a fada

Imaginários 3, 2010

O Ladrão-de-Sonhos

Fábrica dos Sonhos, 2014

Sono de beleza

Quotidianos, 2014

O eremita

Anacrônicas, 2009

Carta a monsenhor

Paradigmas 2, 2009

O longo caminho de volta

Cidades Indizíveis, 2011

Vida na estante

Anacrônicas, 2009

A menina do Val de Grifos

Bestiário, 2012

Os olhos de Joana

Anacrônicas, 2009

O ensurdecedor silêncio dos deuses

Arte e Letra, 2014

“É tarde!”

Anacrônicas, 2009

A dama de Shalott

Anacrônicas, 2009

Coloquei no Pinterest algumas fotos e ilustrações do livro. 🙂

quedaepaz

A cara a tapa. E o traseiro na janela.

Povo bonito, uma dica sincera sobre algo que eu venho sentido faz tempos. Sei que muita gente que me acompanha é escritor, ou quer ser.

Hoje, resolvi dar minha contribuição pro dia internacional da mulher – que é amanhã – colocando no ar uma lista de trabalhos disponíveis online e gratuitamente de nossas escritoras fantásticas. Passei umas duas horas pescando na internet e o resultado está aqui.  Queria ter colocado contos de todas as autoras que citei na lista principal do meu post anterior. Mas foi bem complicado encontrar material de algumas, principalmente porque estava com tempo curto e não podia ficar procurando muito.

Senti falta da profusão de sites para contos  – ou mesmo de uma melhor organização dos blogs e sites pessoais que facilitasse o trabalho de quem tem interessem em encontrar esses trabalhos. Moleza foi encontrar vários contos e trabalhos curtos na Amazon, sempre muito baratos… mas pagos.

Gente, eu sei que a Amazon é um lugar bacana pra tentar ganhar um troco com nossos trabalhos mais curtos. Porém, vocês não podem esquecer de que web é principalmente a nossa vitrine, ainda mais para quem está começando, é indie ou trabalha com pequenas tiragens. Se você não coloca o seu trabalho a disposição das pessoas, como elas vão conhecer tudo o que você é capaz? Mesmo que seu conto lá esteja o mais barato que a Amazon deixa, se a pessoa não sabe quem você é e não tem ideia se gosta ou não do que você escreve, por que ela iria gastar seus tostões com você?

Vocês já pararam para se perguntar como eu, que tenho apenas um livro solo de contos, consegui meu lugar ao sol (que é pequeno, mas é limpinho)? Não foi com as coletâneas, pois acho que das muitas em que participei, só duas ou três devem ter batido os 1000 exemplares vendidos. Foi a minha atuação online, e não só com a ironia e acidez que me é peculiar! Tem um monte de trabalhos meus online por aí (aqui, eu listei uma parte dos que estão fora do blog. Os que estão publicados aqui, tem sua própria categoria – e fica a sugestão dessa organização para quem tem material online!)

Quando eu comecei, todo o escritor novato colocava contos online – em seus blogs, no blog dos outros, onde desse. Hoje, está mas difícil ver esse material para poder conhecer um pouco mais do trabalho de quem começou agora. O pessoal tem preferido colocar em antologias ou jogar na Amazon, mas isso atrapalha a descoberta.

Escritores fantásticos do Brasil, coloquem a cara a tapa e a bunda na janela virtual! Usem as ferramentas que temos – existem várias espalhadas por aí.

O que ando escrevendo – Fé cega, faca amolada

Todo mundo sabe que eu adoro fantasia histórica. E todo mundo já percebeu que ando curtindo fantasia urbana e fazendo experiências com ela.

Uma delas é o projeto ‘Magos x Neo-templários’ (se vocês achavam que eu era ruim para dar títulos a contos, para projetos eu sou pior. Bem pior.). Passado em Niterói, ele acompanha a vida de vários personagens depois de um grande desastre: um mago apóstata explodiu a Catedral de Niterói, causando um aumento da já terrível repressão dos neo-templários aos magos.

Sendo honesta, a inspiração vem, em boa parte, do game ‘Dragon Age II’, que gira em torno da tensão entre o controle da magia e a vontade dos magos de serem livres. Tem um pouco a ver com nosso momento atual, de incertezas, de laicismo x religiosidade, de repressão e condenação, julgamentos e linchamentos em praça pública e grandes veículos de comunicação.

Estou experimentando uma forma nova. Estou começando a desenvolver o projeto num webfolhetim chamado ‘Fé cega, faca amolada’. Cada ‘capítulo’ tem três partes e acompanha um determinado personagem. Estou publicando os trechos no wattpad, para testar essa plataforma. A cada capítulo publicado, vou colocar um post com ele completo aqui no blog na semana seguinte, para quem não quiser fazer mais uma conta poder comentar.

Em termos de escrita, estou tentando algumas coisas novas nesse texto. Uma delas é evitar explicar demais o universo sem necessidade, dando mais enfase à história em si e destacando os personagens e suas interações. Aliás, esse é um outro aspecto. Eu geralmente trabalho com poucas linhas narrativas e poucos personagens. Nesse, já estou com seis personagens que terão linhas narrativas importantes, além dos secundários.

Além de ‘Fé cega, faca amolada’, estou pensando em outras coisas a serem desenvolvidas. Histórias que contem o antes do universo e dos personagens, livros e notícias fictícias do universo, contas em redes sociais que ajudem a desenvolver a história. O céu é o limite.

Acompanhem então, toda a terça-feira um novo trecho no wattpad. E a cada três, um novo capítulo publicado aqui.

O que vem por aí – ‘Venezia em chamas’

*Espana*

*Tira teia de aranha*

*Coloca as cadeiras no lugar*

Ok. Estou sumida por alguns motivos. Trabalhando muito, escrevendo bem, redes sociais acabam sendo mais dinâmicas… e tem a minha dose de Dragon Age, né.

Mas não estou parada.

Tem mais uma coletânea saindo com um conto meu. E mais um conto ‘finisterriano’, dessa vez protagonizado pelo cronista que tem papel de destaque em Finisterra: Rui de Pina.

Assim como Olivier de La Marche, que aparece no ‘O primeiro dia de primavera’, Rui é um personagem histórico que sofreu um twist nas minhas mãos. Trabalhar com cronistas é bem interessante, falando como a historiadora que também sou. Mesmo quando escrevem ‘Memórias’ (caso do La Marche), eles pouco aparecem, sendo mais compiladores de fatos antigos ou testemunhas dos fatos contemporâneos do que personagens. Isso, claro, atrapalha o pesquisador, mas cria ótimas brechas para o escritor.

E foi nessas brechas que criei tanto o La Marche (servidor fiel, vindo da pequena nobreza, com um sentido de dever quase fatalista) quanto o Rui de Pina (um bom profissional, que gosta de refletir sobre o seu trabalho, mas que também é ambicioso e quer melhorar de vida) que vocês veem nos contos desse universo ficcional.

Fica para vocês um trecho do começo de ‘Venezia em chamas’, um diálogo entre Rui e seu pupilo, Pero (Vaz de Caminha, aquele).

Gostou? Quer ler mais desse conto clockpunk?

A Tarja está fazendo uma bela promoção de pré-venda. Não perca essa oportunidade!

****

– O que tem de tão especial em Venezia?

O sorriso do cronista foi tolerante, algo raro no seu relacionamento com o aprendiz.

– Muitas coisas, Pero. É uma das cidades mais estranhas que jamais conheci. Não é como Olissipona, Lutécia, Dijon ou Londres. Foi construída no meio de um lago, mas não como ilha. Suas construções emergem da água. Dizem que tritões construíram Venezia muitos séculos atrás, como um entreposto comercial do povo do Mar Interno conosco, humanos. Porém, se assim foi, as criaturas deixaram a cidade faz muitos e muitos anos, pois não há memória desse tempo.

– Não há ruas?

– Não há ruas, nem becos, nem vielas. Há pequenos braços de água salgada que separam edifícios e quadras e pontes ligando-os. Entre alguns edifícios, há pontes para que as pessoas atravessem, mas não é sempre que isso acontece.

Pero ficou em silêncio, tentando absorver todas as novidades que seu mestre lhe passava.

– Deve ser um lugar fascinante…

– E é. Sua configuração tão especial fez com que uma atividade muito distinta ali surgisse. Primeiro, que naquela cidade, a magia é proibida e muito malvista por todos. Chamar alguém de mago ou algo de mágico é uma das maiores ofensas. E por isso, muitas das soluções que em outras terras se dão com o uso da magia, lá se fazem com o que chamam de Mecânica. Constroem máquinas que imprimem livros e tecem tapetes, além dos mecanismos que se usam em festejos, pequenos autômatos que tocam instrumentos e dançam.

– Motivo estranho para tanta confusão e intriga.

Rui fechou a cara, contrariado. O garoto estava indo tão bem e de repente, falava uma sandice daquelas.

– Pero Vaz de Caminha, será que não pensa antes de falar? Claro está que não foi por autômatos simples ou por máquinas de tecer tapetes. O que interessa a todos no Continente é o que está por trás disso, o conhecimento, o saber construir essas coisas. E mais importante, interessa impedir que os que podem nos prejudicar tenham essas informações.

Adeus às armas

Gripe, depois de uma chuva. Passei o dia em casa, enrolada na coberta. Quando enjoei de jogar Dragon Age II (e fica aquela dúvida, quem é mais fofo/gato, Alistair, Fenrir ou Anders), vim para o pc e tentei trabalhar. Porém, como estava espirrando muito, o copi não saia de jeito nenhum.

Resolvi fazer algo adiado faz pelo menos um ano e arrumei minhas pastas. Ainda não estão do jeito que eu queria, mas já estou me achando melhor… Nisso, vi o seguinte:

– Minha pasta de contos publicados conta com 26 subpastas. Uma tem os 21 contos de AnaCrônicas. Mas em cada uma das outra tem um conto já publicado em fanzines, ebooks ou coletâneas profissionais no Brasil (e suas múltiplas versões até chegar a versão final… Procês terem ideia, a subpasta ‘Anta das Virgens’ tem 13 documentos)Image

No prelo, tenho mais 5 contos a serem publicados nos próximos 12 meses. E inéditos/prontos, mais 7 que só precisariam de uma polida para ficarem no ponto. Isso, sem falar das flashfictions (em torno de 70) e dos contos que entraram no 2o volume do ‘AnaCrônicas’.

Minha carreira começou mesmo em 2006, com uma publicação na Scarium (teve antes 2 publicações online na SciPulp, mas considero-as laboratório para tudo que veio depois). Em 8 anos, 1 antologia de 21 contos e 30 contos espalhados em várias editoras… é, acho que já cheguei em algum lugar.

Mas quando a gente chega em algum lugar, é hora de respirar, ajeitar a mochila nos ombros e ir para um lugar novo. E é por isso que esses 5 que estão para sair serão os últimos por um tempo.

Agora, é chegada a hora de escalar aquela cordilheira escarpada e perigosa chamada ‘romance’…

George Martin e eu

Oi, pessoas.

Essas semanas tem sido confusas, agitadas e estressantes. Muito trabalho, Estevão de férias, falta de tempo para escrever.

Mas recebi a confirmação de uma boa notícia semana passada e gostaria de compartilhar com vocês.

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Fui convidada pelo Cesar Alcázar para participar dessa antologia, uma iniciativa maravilhosa de reunir o melhor na produção internacional de Espada & Magia com a nata da ficção fantástica nacional – e o Cesar achou que meu trabalho tinha gabarito para estar ali.

Sword & Sorcery talvez seja um dos rótulos mais antigos e conhecidos da Fantasia, um caminho que eu explorei pouco até hoje. Geralmente se passa em cenários desesperançados, com heróis sujos e motivos egoístas. Ninguém quer salvar o mundo, mas sim a própria pele. O grande nome é Robert Howard, criador do personagem-símbolo desse estilo, Conan da Ciméria.

Ooooooi, Conan. (OK, o filme é uma droga, mas o ator ficou ótimo)

Além de Howard, o livro conta com os nomes de Karl Edward Wagner, Fritz Leiber e Michael Moorcock (três autores que são essenciais na história da Fantasia, mas pouco conhecidos e publicados no Brasil), Saladin Ahmed (que lançou um romance de fantasia com clima mil-e-uma-noites) e um time brasileiro de dar inveja. Para coroar tudo, é a primeira vez que divido páginas com Max Mallmann, um dos meus escritores brasileiros preferidos.

A história ali contada faz parte do cenário do Grande Continente (antes conhecido como Finisterra), passando-se em um Portugal do século XIII que luta para expulsar os hassamitas de seu território. Jovens vão para a guerra, abandonando suas aldeias – e em uma delas, o pequeno lugarejo das Lameiras, próximo da vila de Ponte de Tábuas, a jovem curandeira Laurindinha se vê as voltas com decisões e mistérios envolvendo a Anta das Virgens.

Foi ótimo poder contar essa história, que me martelava a cabeça faz algum tempo. Tentei ser S&S sem ser muito presa ao que se espera do gênero, ou seja, fiz a minha releitura disso tudo do meu jeito. Só me resta esperar que vocês gostem.

Cada conquista dessas me dá um alívio, de estar conseguindo aos pouquinhos o meu lugar. Ralo bastante, enfrento muitas críticas – algumas bem injustas e de onde se menos espera – mas não desanimo. Se estou no meio de um time desses, não pode ser apenas por ‘conhecer as pessoas certas’, mas porque meu texto tem qualidades e eu não me escondo embaixo de uma pedra. Estou sempre colocando a cara a tapa e publicando onde tenho oportunidade.

E quem quiser conhecer mais sobre George R. R. Martin e o que acho do Mau Velhinho, não deixe de escutar o Literatus Cast 19, comigo!

 

 

O quotidiano de um ladrão-de-sonhos

Rober Pinheiro me chamou para participar de algo muito bacana, o projeto Quotidianos. Como minha vida anda mais incerta que o destino dos direitos humanos neste nosso país, não pude assumir uma coluna quinzenal – pena, pois ficaria muito bem acompanhada. O projeto reúne alguns dos melhores novos escritores da literatura fantástica brasileira (e vendo a lista, pensei ‘ainda bem que não pude aceitar, pois estaria deslocada no meio de tanto talento’) fazendo dupla com ilustradores realmente fantásticos.

Aos trancos e barrancos, porém, consegui escrever um conto e assim estrear a lista de convidados do site. Todo o sábado, uma dupla fora da lista de colaboradores cotidianos apresenta um trabalho. E meu conto ‘Sono de beleza’ inaugurou com ilustração do Estevão Ribeiro!

Quem for lá ver, vai se deparar com um personagem que já apareceu antes, o Ladrão-de-Sonhos cuja origem foi contada aqui. Foi bem difícil  principalmente porque o Rober queria textos pequenos, para leitura na web e eu – pasmem vocês que me acompanham desde sempre – ando com dificuldade de escrever qualquer coisa com menos de 3000 palavras. Além do mais, queria pegar o espírito da coisa e fazer algo bem… quotidiano.

Passem por lá e leiam! E não esqueçam de conferir os outros textos. Essa semana estrearam por lá Jim Anotsu, Tânia Souza, Cirilo Lemos, Claudio Parreira e Alliah. Semana que vem, mais cinco autores irão aparecer: Felipe Castilho, Fernando Salvaterra, Osíris Reis, Rober Pinheiro e Sumaya Sarran.

Acompanhem que é um projeto que promete revitalizar a produção webficcional da literatura fantástica nacional.